Desculpas - Uma viagem inesperada III
Quando decidi traçar uma linha e atribuir importância a um determinado acontecimento da minha vida não queria que ele se tornasse numa estrela (ou será melhor dizer constelação?) sobre a qual oriento e defino toda a minha vida atual. Quase como se tivesse criado uma fotografia do momento e uma memória congelada das emoções e tudo o que sou hoje e decido e faço, coloco-o em comparação com a minha imagem congelada na linha. Não queria muito ter um evento traumático sobre o qual me apoiar, qual bengala, como desculpa para tudo o que faço agora. E ao mesmo tempo, adoro-o, porque significa que não sou eu que não sou boa, significa que fui estragada pelas "circunstâncias da vida" (expressão mais vaga era impossível). É como se tivesse finalmente arranjado uma desculpa para todas as minhas falhas ou más decisões. É como se pudesse ser finalmente desculpada. Posso ser desculpada? Tenho desculpa? Ou invento desculpas? Toda esta jor